Em sua forma preliminar, é
lançado o nº 000 do Boletim CODIG. Sua finalidade é a de documentar parte das histórias que moldam a Ilha Grande e a conduzem para o
desconhecido.
A Ilha Grande é um paraíso
rico ao extremo em atributos naturais. Desde sua descoberta, no início do século
XVI, pelos que por trezentos anos fizeram da inquisição uma forma de governar,
ainda mantida pelos seus comissários, sofre as agruras por ser bela e cobiçada
pela hegemonia das elites tradicionais que ainda mandam e desmandam sobre uma
sociedade inerte e submissa, embora carnavalesca.
Apesar das lutas travadas pela
sociedade para que sua preservação se dê em ambiente de igualdade, o horizonte da
Ilha Grande se mostra nublado. A efetiva implantação de suas unidades de
conservação, a chegada do pré-sal, com vinte trilhões de dólares arriscados a
mudar de dono, com a ajuda de gente local, a privatização de seus espaços
naturais, a corrupção entranhada no Poder Público que não é público, o
enfrentamento sempre adiado dos seus problemas estruturais, tudo isso se faz
ausente das agendas governamentais.
O Boletim ainda não está em
sua forma final, a ser definida pelos seus leitores e associados do CODIG. Mas
sua linha editorial aponta para temas cuja abordagem demandará espírito crítico
e independência de opinião, preços caros a se pagar.
Para leitura do nº 000 (o do
colecionador), visite a biblioteca do CODIG e baixe o arquivo.
Escreva para nós, envie artigos,
críticas e sugestões. Ajude-nos a fortalecer a cidadania.
A imagem da capa do Le Monde
Diplomatique, cujo nº 38 pode ser lido em www.diplomatique.org.br, foi-nos
cedida pela sua editoria. O autor da ilustração é Negreiros.
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